segunda-feira, 10 de março de 2008

SORTEIOS




Por Anna Carolina Azevedo

Além de assistir às explanações dos profissionais convidados, de participar dos debates e de conferir os trabalhos que ficarão em exposição na mostra do evento, os estudantes que comparecem ao I Ciclo de Debates sobre o Jornalismo e Novas Produções Universitárias poderão, ainda, sair do auditório I da UniBrasil com dois novos livros para a coleção.

Serão sorteados, durante os dois dias de atividades, os livros Um Rádio No Porão, do jornalista José Carlos Magdalena, e Meu querido Vlado - A história de Vladimir Herzog e do sonho de uma geração, do também jornalista Paulo Markun.

Um Rádio No Porão é um relato detalhado sobre os bastidores do programa de rádio – homônimo – que está no ar desde o fim da década de 70. A atração, criada e comandada por Magdalena, atingiu grande sucesso durante o período de transição da ditadura militar para a abertura democrática. Foi o primeiro programa de rádio a promover debates em torno de temas polêmicos, antes rechaçados pelo conservadorismo da própria mídia.

Em comemoração aos 30 anos ininterruptos do programa, o jornalista lança Um Rádio no Porão, sob o selo Boca Floja, da editora Letras Jurídicas. Este é o segundo livro produzido por José Carlos Magdalena, 54; Um Século de Silêncio, seu primeiro trabalho, concorreu ao Prêmio Jabuti de 1998.

Já Meu Querido Vlado trata sobre a trajetória do jornalista Vladimir Herzog - diretor de jornalismo da TV Cultura, preso e assassinado pelo regime militar, durante a ditadura –, narrada pelo seu colega de profissão, Paulo Markun.

“Sob a promessa de se apresentar na manhã seguinte, Vlado dormiu em casa. Na manhã seguinte, cumpriu o combinado. Horas mais tarde, estava morto. Para encobrir o assassinato, forjaram seu suicídio por enforcamento - mais uma na longa série de mentiras com que os militares tentavam ocultar o que ocorria no porão do regime. Mas, pela primeira vez depois de muito tempo, a sociedade reagiu à uma morte sob tortura” (Paulo Markun).

Segundo o autor, o livro busca, 30 anos mais tarde, registrar, a partir de um ponto de vista pessoal, um pouco da história do ‘querido Vlado’ e de todo sonho por liberdade de imprensa daquela geração de jornalistas que foram amordaçados pela repressão política da época.

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